O Vice de Saddam também a caminho da forca

O vice-presidente do Iraque durante o governo do ditador Saddam Hussein também está condenado à forca. Taha Yassin Ramadan foi condenado pela Suprema Corte Iraquiana, mesmo diante dos apelos da Organização das Nações Unidas (ONU) e de grupos de defesa de direitos humanos para que a vida do condenado fosse preservada.

Ramadan já tinha sido condenado, em novembro, à prisão perpétua, mas uma Corte de apelação solicitou que o ex-vice-presidente fosse condenado à morte, enviando de volta o caso à Suprema Corte Iraquiana, para que uma decisão final fosse, enfim, tomada.
Para alguns grupos do Iraque, a exemplo do Watch, afirmam que não foram apresentadas provas suficientes para ligar Ramadan ao atentado.

Chefe da área de Direitos Humanos da ONU, Louise Arbour também pediu, na semana passada, que a Justiça Iraquiana livrasse o condenado da morte, defendendo que a pena capital iria de encontro às leis internacionais. Mas, pelo visto, Ramadan terá o mesmo fim de Saddam Hussein, que foi decapitado no dia 30 de dezembro por ser culpado no caso Dujail.

O meio-irmão de Saddam e um colaborador também morreram enforcados, em janeiro, condenados pelo mesmo caso. É como se na forca os culpados pelo massacre sofressem toda a dor e pagassem pelas mortes de outros civis. Mas será que é assim que se paga mesmo?

EXPLOSIVO, EU?

"Vagabundo. Sai daqui! Estamos em um hospital, respeite os doentes. Vagabundo, vagabundo!".

Foi assim que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), expulsou ontem (05), aos gritos e empurrões, um manifestante durante a inauguração de uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA), em Pirituba, Zona Norte da cidade. (Veja o vídeo).

O fabricante de placas e morador de Pirituba, Kaiser Paiva, estava acompanhado de seu filho de 7 anos aguardando uma consulta ao dentista, e disse que foi uma coincidência o prefeito estar no local quando ele começou a protestar contra as condições da saúde pública na cidade.

Paiva explicou que seu protesto também foi um desabafo, já que por conta da lei "Cidade Limpa", que decreta a retirada de toda a publicidade externa na capital, seu negócio havia falido, e ele teria ficado desempregado (há quase três anos) e sem ter condições de pagar o aluguel do barraco onde vive com a família.

O prefeito de São Paulo disse não ter se arrependido da forma como tratou o manifestante. "Todos sabem do espírito democrático dessa gestão. Mas estamos em um hospital. Vou expulsar quantas vezes precisar". Em entrevista ao Jornal da Globo, o prefeito disse ainda que espera ouvir desculpas de Paiva, e garantiu não ser um homem explosivo: "Eu não tenho pavio curto, sou muito calmo", afirmou.

O autônomo disse não saber ainda se pretende mover um processo contra o prefeito: "Não quero ser oportunista, tenho senso ético. De repente isso acaba virando uma bola de neve e tira a paz da gente", disse Paiva. Mas, Kassab já havia cogitado, através de nota a imprensa, a possibilidade de processar o morador de Pirituba por “fazer manifestação em lugar impróprio”.

CHINAGLIA É O NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA

Chinaglia é o novo presidente da Câmara dos deputados em Brasília. Depois de uma disputa acirrada pela Casa, o petista foi eleito no 2º turno com 261 votos, apenas 18 votos de diferença de Aldo Rebelo. O apoio das duas maiores bancadas na Câmara (PT e PMDB) foi o fator decisivo para a vitória.

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No 1º turno, Chinaglia liderou a votação, com 236 votos, seguido de Aldo Rebelo, com 175 e Gustavo Freut, com 98. No entanto, eram necessários 257 para que o petista ganhasse na primeira eleição.

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Mas, nem um dos pontos polêmicos do 2º turno pareceu preocupar Chinaglia: o petista teria recebido votos de parlamentares envolvidos no esquema do "Mensalão". "Juscelino (Juscelino Kubitschek, ex-presidente da República), quando foi questionado se não se incomodava com o apoio dos comunistas, respondeu: eu escolho em quem eu voto, ou seja, os deputados escolhem em quem votar", afirmou o presidente da Câmara.

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O novo presidente disse em entrevista ao Bom Dia Brasil, da Tv Globo, que uma de suas primeiras medidas será tentar equiparar os salários dos deputados e dos senadores aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Os Poderes têm independência e harmonia, mas não acho correto um ministro do Supremo ganhar praticamente três vezes o que ganha o presidente da República. Agora, vamos levar a discussão para os outros Poderes para saber qual é o teto. Há uma opinião no Congresso, da qual eu partilho, que o teto deva ser o salário do deputado e do senador”, afirmou.

Na disputa pela presidência da Câmara

A disputa pela presidência da Câmara entre Arlindo Chinaglia (PT-SP), Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) será acirrada hoje. O vencedor permanece no cargo por dois anos. Depois do chove-não-molha e do desconforto do PSDB em ter declarado apoio ao candidato do PT, enfim os tucanos resolveram lançar candidato próprio.

Agora, a base governista da Câmara está dividida, pois Aldo e Chinaglia são representantes que apóiam o Governo Lula. Um ponto a favor para o PSDB, porque, dividindo a votação dos adversários, aumenta a chance de vitória para o tucanato. Enquanto isso, como toda e qualquer eleição, os candidatos tentam ganhar votos fazendo promessas.

Chinaglia tem o apoio do PMDB, PP, PT, PR, PB, PSC, PTC, e PT do B. Já Aldo conquistou a simpatia do PSB, PDT, PC do B, PAN, PMN e PFL. Ao candidato do PSDB, restou o PSDB e PPS. Os apelos foram muitos para que Aldo ou Chinaglia desistisse da candidatura, o que mudaria totalmente o quadro das eleições dando a um ou a outro vitória garantida.

Mas não é a primeira vez que a base de apoio ao Governo fica tão dividida. Há dois anos foi bem pior: um só partido (PT) tinha dois candidatos: Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgilio Guimarães (MG). Com a divisão de votos, Severino Cavalcante (PP-PE) acabou vencendo as eleições.

A população só espera que depois desse circo, possa ver os deputados que são pagos com o dinheiro público trabalharem pelo bem comum do povo brasileiro e que o eleito proponha discussões mais inerentes ao aumento do salário do pequeno trabalhador do que ao aumento abusivo do salário dos parlamentares, que é fonte, na maioria das vezes, de Caixas 2 e das mansões ostensivas.

FRUET, O FILHO “BASTARDO” DE LULA, ENTRA NA DISPUTA

Hoje, o deputado Gustavo Fruet (PSDB/PR) entrou oficialmente na disputa pela presidência da Câmara, em Brasília. O PSBD aprovou, nesta tarde, por aclamação o apoio ao candidato.

Para Freut, a disputa pela presidência da Câmara é um ato de democracia: "Eles (Chinaglia e Aldo Rebelo) são o governo, eu sou a Câmara. Aqui não é disputa de quem é mais leal ao governo, onde se consola os aliados derrotados e compensa os vencedores", afirmou o tucano.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva, que se definiu como "pai de todos" os candidatos à presidência da Câmara, na semana passada, ainda não se pronunciou sobre a candidatura de seu mais novo "filho bastardo", já que Freut é da oposicão ao governo. O tucano é do grupo da "terçeira via", que reúne deputados do PPS, PV, do próprio PSDB e do PSB. Apesar disto, o PSB decidiu, hoje, apoiar a reeleição do então presidente da Casa, Aldo Rebelo. Mas, a decisão não agradou a todos os membros do partido que deverão seguir por caminhos opostos: a deputada Luiza Erundina (SP) irá dar apoio a Fruet, enquanto Júlio Delgado (MG) trabalhará por Chinaglia.

O petista contará com esse tipo parceria individual para, talvez, resolver a disputa ainda no 1º turno das eleições da Câmara. Ele é o candidato que tem o maior número de apoios na bancada da Assembléia: PT, PMDB, PR (fusão do PL, Prona e PSC), PTB e PP. Já Aldo Rebelo tem como aliados: PC do B, PSB e PFL. Freut, por enquanto, tem somente o PSBD. Inicialmente, o então líder da bancada, Jutahy Magalhães, anunciou apoio à Chinaglia. Hoje, Jutahy passou o cargo para Antonio Carlos Pannunzio. Segundo o PSDB, a troca de líderes foi anunciada ainda em 2006, e não tem qualquer relação com o fato do até então líder do partido ter declarado apoio inicial ao petista.

Os três candidatos irão participar de um debate, na próxima segunda-feira (29), na Tv Câmara, com transmissão ao vivo pela emissora. A eleição será no dia 01 de fevereiro.

LULA DIZ QUE É “PAI” DE TODOS

A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados em Brasília está dando o que falar. Por enquanto, a briga está entre os governistas Arlindo Chinaglia (PT) e Aldo Rebelo (PC do B), que busca a reeleição. Mas, o oposicionista Gustavo Fruet (PSDB) deve entrar na "batalha" na próxima semana, quando receberá apoio oficial da bancada tucana.

Com isso, o clima começa a "esquentar": o deputado Aldo Rebelo tem o apoio, além de seu partido, do PSB e PFL. Já Arlindo Chinaglia, além do PT, conta com o PR (fusão do PL e Prona), PMDB e PSDB. Hoje, PP e PTB também anunciaram apoio à Chinaglia.

No entanto, o PSDB deve sair do grupo e passar a apoiar, a partir de então, a candidatura de Fruet. Fato curioso foi o do até então líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior, ter decido apoiar na semana passada Chinaglia, o que provocou protestos até do ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso.

Jutahy deve passar na próxima semana, a liderança do PSDB para Antonio Carlos Pannunzio. Segundo o partido, apesar do "mal estar" provocado pelo apoio inicial ao petista, a substituição de Jutahy não tem qualquer relação com o fato, e se trata apenas de uma decisão comum em se trocar os líderes da bancada no final da legislatura.

Mas, quem está mesmo em uma situação complicada é o presidente Luís Inácio Lula da Silva, com a disputa pela Casa entre seus dois "filhos", como prefere assim definir diplomaticamente. "Quando você tem dois companheiros que você considera como irmãos, como filhos, você não toma partido. Você espera que eles resolvam. Se eles não resolverem entre os dois, que a democracia, pela sua maioria absoluta, eleja aquele que a Câmara entender que é melhor para ela", afirmou Lula.

Com a perda do apoio dos tucanos, Chinaglia deve buscar novos aliados na Câmara e Rebelo deve buscar fortalecer as parcerias. Já o candidato da 3ª via, Gustavo Fruet, chega com forte apoio do presidente do partido, Tasso Jereissati, que afirma que o "tucano é a melhor opção para a Câmara". Já o governador de São Paulo, José Serra, disse que Fruet "é um deputado bastante competente e um dos melhores da Câmara". Deixando de lado o sentimento "paternal" do Governo, a eleição da Casa está marcada para o dia 1º de fevereiro.